Antes, as redações de grandes jornais eram o principal centro de informação. Editorias com diversos jornalistas, tempo para desenvolver grandes reportagens e checagem das informações eram a rotina. Jornalistas disputando a manchete, por meio de exclusivas, parece que perdeu o alento de antigamente. Tudo mudou.
Os periódicos encolheram suas redações e agora estão releasedependentes das assessorias de imprensas, muitas com equipes e "redações" que lembram os velhos jornais. A verdade é que, nesses tempos de muito acesso à informações, a imprensa depende de sugestões de pautas, fontes, informações, fotos, tudo que principalmente as agências de comunicação prestam-se rapidamente a fornecer. Não há tempo, e se o prato já vem feito, beleza, copia e baixa.
E o futuro do jornalismo, diante dessa estranha realidade?
Cada vez menos crítico, superficial e repetitivo (abra os sites de notícias e são praticamente as mesmas). Até mesmo a grande imprensa, revistas e jornais de SP principalmente, estão num marasmo que dá dó gastar as moedas num exemplar. Veja os grandes furos dos últimos meses, e só de destaca o Estadão de SP, que inclusive sofre com censura da justiça quando a pauta é a família Sarney. Basta abrir qualquer site "sério", como o da folha, terra, outros, e contar os itens de temas relevantes cobertos e os de entretenimento (sabe quem estava na praia com o namorado ontem?)
Enquanto os jornalistas gritam contra o fim da obrigatoriedade de diploma, muitos textos estão sendo elaborados por estagiários - ou seja, não formados!
Ler notícias, mais que uma opção, é uma necessidade para ficar atualizado. Por isso a crise final não se desfecha sobre os veículos de comunicação, todos. Mas será que vai ficar assim por longo tempo? Quem muitas vezes traz a novidade são os colunistas, nem todos jornalistas.
Não tenho a resposta, mas o fato que tem que ter ânimo para ler o noticiário. Vamos ver onde tudo vai parar.