segunda-feira, 1 de novembro de 2010

de doer

Longe de você, meu bem, longe da alegria (Marisa Monte)


Mais um crime, mais uma morte. A discussão no bar, a vingança em três tiros certeiros e uma filha de quatro anos sem pai. Mais uma notícia a veicular, comum no dia a dia da mídia.

Mas o que dizer a um olhar infantil, assustado, que não entende direito porque papai foi pro céu tão cedo? E ainda levam a garota para ver seu amado no velório, e o sangue não pára de verter do corpo sem vida pelos buracos dos projéteis.

Vingança? Devolver a tragédia para a família do assassino? Amar o inimigo?

Como reconstruir a vida da família? O tempo cura as feridas; verdade. O que nos fere, nos torna mais fortes, outra sentença que parece verdadeira.

Só posso fazer a minha parte, consolar e buscar na própria vida uma saída diária, lenta mas gradual.

E segue o jogo.

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