sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A realidade deveria imperar

O caso da advogada brasileira que teria sido atacada por neonazistas na Suiça comoveu o Brasil, e em alguns comentários em sites noticiosos chegou-se a publicar opinião defendendo o rompimento de relações diplomáticas. Sou jornalista, e logo vi que a história estava mal contada. Agora a polícia suíça afirma que ela não estava grávida, portanto não houve aborto. Não há testemunhas nem vestígios de sangue no banheiro público que ela teria usado. Não fez curetagem nem raspagem de útero, como é comum em abortos. Outro detalhe: como ela sabia que esperava duas meninas gêmeas no terceiro mês de gravidez?

O ataque pode ter ocorrido, mas a história tem mais furo que um queijo suíço. Tudo isso mostra como é importante a checagem de informações recebidas e de que o que importa é a realidade do jeito que ela é.

Nossos opiniões muitas vezes não valem nada se não houver ligação direta com os fatos, ou seja com o real. Os cientistas sabem disso, mas a imprensa continua usando como principal comprovação depoimentos e não fatos.

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