segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Velho escriba para tempos pós-modernos

Desde o início da organização da humanidade em sociedade, os escribas sempre foram figuras de destaque na hierarquia social. Por meio destes profissionais do pergaminho, da pena de ganso e outros artefatos de escrita, o povo recebia normas, leis e decisões dos soberanos. Toda a administração podia depender deles para contar, arquivar, registrar e publicar textos.

Em tempos de Internet, quem são os novos escribas? Na era do copia e cola, os velhos profissionais das letras são justamente aqueles de quem são cobrados textos inéditos. Você pode até se basear em 90% de um original na elaboração de um texto, como no caso de um contrato, mas tem de ser original em alguma parte para atender as peculiaridades da demanda em questão.

Então os letrados que escrevem com alguma originalidade são os escribas atuais. Advogados, jornalistas, autores, são algumas das profissões que remetem à velha função. A diferença atual é que você pode ser processado pelo que foi publicado, ao contrário da antiguidade, onde não havia contestações ao texto anunciado em nome do rei ou do faraó.

Nem tudo mudou muito nesse mundo, as coisas se repetem muitas vezes. Assim falou Luciano.

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