segunda-feira, 6 de abril de 2009

Do Trabalho

O trabalho alimento o corpo, mas não é uma tábua de salvação à existência humana. Sem provento, sim dimdim, só se vive com o do outro, de alguém caso não se ganhe para o sustento. Ponto nada pacífico. E acredito que além de recursos para alimento, roupa e teto falta ainda um norte para quem encontra-se nessa situação. E aqui chego ao ponto que me intriga: quem atua na atividade de que gosta, está resolvido consigo mesmo? Impressão que falta algo mesmo assim, para quem já experimentou essa sensação de que, do ponto de vista profissional, podería ficar uma vida inteira na mesma função ou empresa. E muitos fazem essa escolha.

Percebo que tudo que já fiz de profissional, o compromisso, agora parece que cai num vazio pueril diante da realidade que me cerca. Parece que estou patinando e perdendo um tempo precioso em não fazer nada de objetivo e concreto. Mas ao mesmo tempo tudo se aquieta e se alarga. E se antes já pirei por não ter trabalho ou sentindo-me injustiçado, não faz o mínimo sentido.

Mas basta me chamar que vou ganhar o meu pão com alegria, mas se não der certo não posso nem devo sofrer. E sempre acabo na mesma tecla da interrogação, pensando a que devo me dedicar nessas próximas décadas que devem me valer?

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