sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Caminhos da Índia não passa por GOA

Sim, se fala português na Índia, e não tem nada a ver com a fictícia novela Caminhos da Índia. Vi no site oficial da Globo que a trama se baseia em cidades como Jaipur, Jodhpur e Mumbai. A autora Glória Perez perdeu a oportunidade de usar como gancho para o enredo o pequeno estado de Goa, voltado para o mar arábico que foi colonizado por portugueses e que até hoje tem descendentes que falam o português e mantêm as tradições lusitanas por lá. Betul e Cape são algumas cidades que pertenceram ao curto império português. Pena que a autora não viu um documentário que passa repetidamente na TV Escola (acho que todo sábado à noite) mostrando os portuga de Goa e de outras partes do mundo (África, Brasil, Portugal e Goa).
Que chance desperdiçada de mostrar que a nossa língua portuguesa também está presente na Índia.

Entendendo Nietzsche em uma frase

- Temos uma alma essencialmente humana, e não podemos fugir disso.
Achei sensacional a frase acima proferida por uma amiga jornalista a respeito do filósofo de nome complicado. Simples e profunda. Não adianta negar o que somos: bons e maus, solidários e destrutivos, felizes e infelizes, egoístas e solidários, dependendo do momento. Não estar ciente da nossa real "configuração" beira à alienação, e o melhor a fazer é aceitarmos o jeito que somos.
Opa, mas isso é perigoso. Se tiver vontade de matar alguém não posso sair por aí satisfazendo o meu espírito humano. Certo. Mas simplesmente sofrer para evitar pensamentos ruins como este não são a única saída, o melhor é deixar a idéia passar sem lhe dar amparo ou ancoragem. Mentalmente já assassinamos porções, mas na realidade a maioria não faz mal a um inseto. Sentimos tesão por toda mulher bonita e sensual que passa na rua, mas não quer dizer que devemos partir para o estupro ou ao assédio como um cão no cio.
Então - e aí Nietzsche é importante - o importante é conhecer tudo aquilo que nos move e, sem culpa, administrar atos e pensamentos pensando em suas consequências.
Não sou grande fã de Nietzsche e apenas li dois dos seus muitos livros: o Anti-Cristo e Assim Falava Zaratrustra. Muita coisa nem mesmo compreendi o que estava lendo. Fiz meu primeiro comentário nesse blog sobre o Assim....., e considero que o autor é muito contraditório - como o espírito humano - em passagens que ele diz que Deus está morto para logo em seguida dizer que só Deus tem a medida exata da maldade.
No segundo livro, é pau na Igreja Católica, sobretudo em relação à piedade e a nossa culpa cristã. Para o tempo em que viveu, N. era o cara, realmente, e abalou as estruturas do pensamento humano. Não foi o único, mas deu o toque. Da minha parte, agradeço.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Futuro do Ensino A Distância será presencial

O Ensino a Distância parece uma grande vantagem aos alunos, já que estes não precisam ir todo dia - ou noite - a uma sala de aula, depois de um dia cansativo de batente. Basta estudar em casa, fazer as provas presenciais periodicamente, geralmente uma vez por mês, e partir para o abraço.
Mas na prática não é bem assim.

Quem estuda à distância, precisa ser muito disciplinado, ou seja, hora de folga significa hora de estudo. Ou seja, é preciso muita persistência. Afora esse premissa básica, o estudante, geramente de curso superior, precisa contar com um excelente e rápido feedback de professores na hora de esclarecer as muitas dúvidas que possam surgir durante o estudo. E é aqui, que o curso EAD tem uma falha muito grave: a falta de diálogo com os professores.

Estes, sendo bons profissionais, devem responder aos e-mails com as dúvidas. O problema é que não se trata de um diálogo, mas sim de um retorno. No diálogo tete-a-tete, além de dirimir dúvidas acontece outra situação fantástica: a construção de novos conhecimentos, tanto para os alunos quanto para os professores, que podem perceber o universo de questões em aberto em qualquer disciplina.

Por isso, acredito que o futuro será do Ensino a Distância presencial e virtual. Os alunos participarão de aulas onde o professor está "presente" como um holograma, vendo as imagens da turma e dialogando com esta. O diálogo acontecerá talvez do mesmo modo do que no ensino tradicional, o aluno levanta o dedo é é autorizado a questionar pelo mestre. Uma grande turma, em diversas partes do país ou do exterior, estará reunida virtualmente numa versão didático-pedagógica do Second Life.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Sobrevivente da crise (eterna)

Um total de quase 90 mil demissões pelo mundo, na grande indústria, como a Caterpillar, é um indício grave que a crise financeira - aquela da pirâmide financeira - está se alastrando. Para o povo brasileiro, crise não é novidade, aliás tenho a impressão que sempre estamos dentro de uma. Mas o importante a frisar é que o modo de produção capitalista está mudando velozmente, e tal qual a Revolução Industrial na Inglaterra, no século 19, muita gente está sendo desalojada de seus estilo de vida, de seus padrões a que estava-se muito acostumado.
Se no passado agricultores foram forjados operários, muitos na marra, agora acontece algo semelhante.
O emprego agora é um compromisso muito mais complexo do que fazer uma parte do processo produtivo. É preciso conhecer todo o processo, ter autonomia para atuar e muitas parcerias "quentes" para se manter no mercado. Ou seja, vamos sofrer muito ainda, mas a carroça agora anda mais velozmente. Seja o que Deus quiser.

Big bomba Brasil

Impressionante como a velha tradição portuguesa de ficar com a cara na janela cuidando a vida dos outros é mantida atualmente pelo Big Brother Brasil. Não é à toa que a bisbilhotice rende muita grana à Globo, falam em R$ 110 milhões por edição. Gostaria de entender esse assédio televisivo a um grupo de pessoas confinadas como ratos num laboratório de experiências científicas. Aliás, talvez para um profissional em psicologia ou psiquiatria o programa realmente tenha grande validade, com reticências, pois ninguém é tão natural sabendo que está cercado por câmaras de toda parte. Mas para a grande maioria de leigos, não vejo uma explicação decente, a não ser a falta do que fazer ou então num projeção de uma vida frustante onde se tenta compensar vendo o grupo de confinados fazer sexo, intriga, sedição. Alienação dos próprios problemas? Fuga? Procura? Não sei.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

o chato do celular

Que o telefone celular é muito útil, não sou louco de questionar. Porém o aparelho é uma encheção de saco, principalmente para um assessor de imprensa. Ossos do ofício atender ligações de pauteiros e chefes de reportagem, faz parte da profissão. O problema é quando toca no momento mais impróprio. Você fica com o celular no bolso, fica próximo e.....nada. Então você entra no banho, deixa no carro para ir ao dentista e está lá registrado, três o quatro ligações perdidas. E você, sem crédito para retornar. E daí você coloca alguns créditos - credo! - recebe cinco mensagens da operadora falando do total de créditos, torpedos e outros que tais que você tem direito. Um saco.

A Lei de Murphy, com certeza, aplica-se como uma luva ao aparelho celular.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O governo italiano entrou com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) para ser ouvido no processo do pedido de liberdade feito pelo ex-ativista Cesare Battisti. Battisti recebeu do ministro da Justiça, Tarso Genro, status de refugiado político, apesar de condenação à prisão perpétua por terrorismo na Itália. O asilo político acarreta no arquivamento do pedido de extradição formulado pelo governo italiano (site TERRA)

Para quem desconhece o histórico do ministro Tarso Genro, ele é advogado e era um dos líderes do PRC (Partido Revolucionário Comunista), que era infilrado no PT e que pregava a revolução marxista armada, fã de carteirinha de outro italiano, Gramsci. Talvez seja do inconsciente da mente do ministro esta fixação em dar guarida a um "igual", mesmo que tenha sido condenado por assassinatos. Tanto empenho para salvaguardar os direitos de um matador (se foi pela causa ou não, pouco importa). Que subsídio pode ter o ministro para tomar essa decisão em nome de um país que sempre rejeitou a violência, tem horror à guerra e ao terrorismo? Será que leu todos os processos que condenam Battisti?
Enquanto isso, temos um brasileiro - irmão do ex-prefeito Celso Daniel - que teve de sair do país porque provavelmente também pegaria o rumo do cemitério, assim como testemunhas do caso.
O Brasil não deve proteger bandidos e entregar à justiça italiana esse canalha, capicci? E levem o Genro para ser seu advogado de defesa.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

o que faltou em AFavorita

Sempre fui noveleiro e acompanhei a novela AFavorita. Foi um das melhores tramas feitas pela Globo no horário nobre (concorre a melhor de todas com o Roque Santeiro, na minha opinião). Mas a história de dois personagens foi um verdadeiro desserviço à população.
O primeiro caso foi do Didu, filho do deputado corrupto Romildo Rosa. O cara passou a metade da novela fazendo fiascos como alcóolatra incontrolável. Pois bem, num passe de mágica o cara se regenerou e não mais bebeu ou se embriagou. Ou seja, o problema se resolveu sozinho, sem AA. Na realidade sabe-se que para se livrar do vício o caminho é longo e exige sacrifícios e abstinência. Deu a impressão que para parar de beber é ridiculamente fácil. Não é verdade.
O outro caso foi do pai da Flora e da Donatela, que era viciado em jogo, e que também se regenerou de uma hora para outra, sem mais apostar até as calças numa roleta. Sabemos também que é outro vício difícil de largar.
Acredito que a Globo não deveria deixar o enredo ter essas lacunas. Tudo bem que é ficção e tudo gira em torno da história principal, mas a TV já foi mais cuidadosa ao abordar temas sociais em seus capítulos.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Falta um Gandhi aos Palestinos

Sempre desconfio das pessoas que, numa história com dois lados, demonizam uma parte ou santificam a outra. É o caso do conflito entre israelenses e palestinos na faixa de Gaza atualmente. Evidentemente que é chocante saber que tantos civis, mulheres e crianças estão morrendo inocentemente e inutilmente.
Mas o fato é que - puro chavão - a violência gera mais violência. A cada foguete lançado pelo Hamas contra Israel, os judeus se enchem de argumentos para atacar os extremistas que, por sua vez, usam da tática covarde de se esconder entre a população civil.

Infelizmente os palestinos não contam com uma lideranção pacifista como foi Gandhi para a libertação da Índia. Quanto mais ódio de um lado, mais violência do outro - não importa qual lado estamos nos referindo.

Já está mais que comprovado que a violência alimentar um verdadeiro espiral do inferno na região. Concilia-te com teu vizinho antes de chegar à cidade, disse certa vez um judeu - Jesus. Ele se deu mal mas a mensagem povoou a Terra com a boa nova.

Por isso, os palestinos não deveriam proteger os terroristas, e Israel deveria pagar uma indenização pelos territórios ocupados com a criação do Estado Israelense. Talvez a força do dinheiro traga a paz, assim como foi com o Kadafi da Lìbia que, depois de explodir um avião comercial, pagou todas as indenizações e retornou à comunidade internacional pela porta da frente. Se houvesse paz, poderia haver um mercado comum na região do Oriente Médio, com progresso e desenvolvimento a boa parte da população local.

Talvez a grana também acabasse com o bloqueio a Cuba, com os socialistas indenizando pelas indústrias e hotéis tomados pela revolução.