terça-feira, 24 de novembro de 2009

A clareza

A clareza de pensamento pode levar à estupidez. Já sei de tudo, antevejo como um bom enxadrista as jogadas que virão a seguir. E aí levo ferro se acho que está tudo determinado, pois a novidade sempre vem. um ponto claro que nos cega de tanto brilhar insistentemente no mesmo local. A presunção e arrogância são essa luz, que nos faz avançar e retroceder, não sei se ao mesmo tempo, as vezes sim outras não.
Assim é a clareza, inimiga do conhecimento da realidade do jeito que ela é. Seus felizes proprietários, porque este estado de espírito é um dom que apenas de administração, precisam combater essas idéias luminosas de alguma forma. Não me pergunte como.
O melhor é sempre desconfiar das suas certezas, e eu acho que já sabia disso mas esqueci.
Temos que tentar, caso contrário, caos e perdição. Se coragem não falta, falta o quê?
voltar a se importar com as pessoas. É isso.

domingo, 22 de novembro de 2009

futebol,rádio e domingo

A bola rola com a rapidez
da língua que corre pelas ondas do radio,
sempre atrasada na jogada
Inventa, continua quando a bola para,
assim vai o locutor
Afoito como maquinista de linha atrasada
É gooool, como diria Quintana,
foguetório de assustar a cachorrada da cidade

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A origem de todos os mitos

O ser humano não suporta o silêncio que reina sobre as perguntas de onde viemos e para onde vamos. Melhor inventar uma resposta que calar.
Acredito que foi assim, nos primórdios da humanidade, que surgiram todas as lendas: a inocência das crianças, de olhos arregalados, diante da morte de algum ente querido. Por quê se morre? Por que se vive? De onde viemos, afinal?
Sem saber, os ancião se reuniram a beira do fogo e combinaram o mito da criação, por Deus, ou deuses, quem sabe pelo caos grego.
E então as religiões, costumes e ideologias foram sendo construídas sobre a história combinada. E ninguém mais teve a angústia de dúvidas sem soluções.
Os povos mais espertos não se deixaram limitar pelas invenções dos velhinhos, e os mais estúpidos acreditam literalmente em toda a tradição oral e escrita que receberam.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

sem choro nem vela

por que eu sou assim? o que me move? o que devo fazer? ir ou ficar? suportar ou fugir? amar ou odiar? para que tanta pergunta se o sol brilha lá fora e as necessidades básicas ainda estão atendidas?

Sei lá, sei lá

sábado, 14 de novembro de 2009

Nova fase

Hoje, sábado, 14 de novembro, minha cunhada fez a mudança dela, deixando o quarto onde me apertava para ir ao computador vazio. Pequeno, a peça ficou dando reverberação de tão vazio, sem cama, guarda-roupa, balcão e um monte de tralha.
Vamos entrando numa nova fase de vida, sem a divisão do espaço. Minha afilhada vai ficar aqui e lá, conforme calhar.
Tomara que as relações progridam, em vez de degenerarem novamente. Veremo em que vai dar. A maior preocupação é com o bem estar da Luisinha, pois os pais são muito distraídos, inclusive para lembrar o horário do remédio para micose.
Mas vamos sobreviver, e mesmo discordando temos de admitir que todos tem direito a errar e acertar. Problema é repetir erro

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Velho escriba para tempos pós-modernos

Desde o início da organização da humanidade em sociedade, os escribas sempre foram figuras de destaque na hierarquia social. Por meio destes profissionais do pergaminho, da pena de ganso e outros artefatos de escrita, o povo recebia normas, leis e decisões dos soberanos. Toda a administração podia depender deles para contar, arquivar, registrar e publicar textos.

Em tempos de Internet, quem são os novos escribas? Na era do copia e cola, os velhos profissionais das letras são justamente aqueles de quem são cobrados textos inéditos. Você pode até se basear em 90% de um original na elaboração de um texto, como no caso de um contrato, mas tem de ser original em alguma parte para atender as peculiaridades da demanda em questão.

Então os letrados que escrevem com alguma originalidade são os escribas atuais. Advogados, jornalistas, autores, são algumas das profissões que remetem à velha função. A diferença atual é que você pode ser processado pelo que foi publicado, ao contrário da antiguidade, onde não havia contestações ao texto anunciado em nome do rei ou do faraó.

Nem tudo mudou muito nesse mundo, as coisas se repetem muitas vezes. Assim falou Luciano.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O incrível comportamento infantil

O comportamento infantil varia da água para o vinho, anjinhos que sem avisar cometem diabruras. É normal, o conceito de bem e mal ainda não se formou nas pequenas mentes, e eles estão explorando este mundo que recém começam a tomar dimensão.
Cada vez mais me convenço de que não é preciso violência física para impor os limites do pode e não pode. Pode ter certeza, que chinelada ou uso de cinto não são a solução. Mas como fazer?
Tenho o convívio com muitos pequenos de no máximo quatro anos de idade. E para estas, minha mulher, pedagoga, usa a psicologia da Super Nanny. Incomodou? Vai para o cantinho do pensamento. Mas se for na primeira vez e a criança não ficar no "castigo"?
Basta ter paciência, e usar a força para conter a criança sentada, sem palmadas ou violência. É a paciência e a força para que ela seja colocada sentada novamente ao levantar. Deve-se falar de forma enérgica, com a voz que tem está bravo. E para-se por aí. Em muitas famílias ocorre o inverso, os pais tentam acalmar a criança fazendo suas vontades, em várias tentativas. Quando a paciência do adulto acaba, ele então resolve tudo com uma chinelada ou um tapa, numa medida violenta que é consequencia de não ter se imposto antes frente aos pedidos e choramingações dos pequenos.
Quando a criança faz a coisa certa, deve ganhar elogio, de que está muito bem comportada. Assim a criançada vai assimilando que fazer o que é permitido, ganha parabéns, caso contrário, vai para o canto em punição pelo mau comportamento.
Nesse ponto a supernanny deveria frisar mais que bom comportamento merece elogio, estímulo básico que vai ser repetido. Nesse ritmo os pequenos não perdem a auto-estima, não odeiam a mão que pesou sobre ela, e desenvolvem-se com mais felicidade.